quarta-feira, 26 de julho de 2017

Menina, vá...

Menina, vá...

Faça as pazes com o seu passado e vista sua camiseta de "Eu".
Assuma seus medos, sentimentos, alegrias e tristezas.
Assuma a responsabilidade de suas escolhas, de seus erros, de seus medos, prazeres, alegrias e dores.
Lembre-se que sempre haverá um novo dia com novas oportunidades... não entregue tudo por conta de UM dia ruim. Porque é apenas MAIS UM dia ruim.
Assuma suas vontades e arque com as consequências. Tenha paciência consigo. Saiba que está em fase de aprendizado.
Mesmo que esse aprendizado seja a vida inteira, mas é aprendizado. 
Saiba que só se aprende arriscando. Se der certo, ótimo. Se não der, mude os parâmetros. Mas não jogue tudo fora.
Você é única. Tome seu folego do jeito que achar melhor. Use o tempo que for pra se recuperar, mas não pense em desistir.



segunda-feira, 11 de julho de 2016

O mundo paralelo dentro do mundo real

Noite mal dormida. A menina/mulher havia passado mais uma madrugada em claro escrevendo mais um texto, dentro de alguns outros que têm escrito ultimamente.
Este dia seria diferente dos demais, ela havia programado várias atividades para fazer.
Quando finalmente conseguiu pegar no sono o seu despertador tocou, colocando-a de pé para o início de um dia corrido. 
Ao olhar no relógio reparou que havia dormido apenas 3 horas, mas mesmo assim não se sentia cansada, estava apenas com irritação nos olhos.
Se aprontou rapidamente para sair e seguir com sua primeira atividade do dia. 
Retornou para casa e ficou à espera de seu segundo compromisso que era um almoço com seus amigos do antigo trabalho. Almoço esse que trouxe à tona os momentos alegres e os não tão alegres que haviam passado juntos no emprego anterior. Sentiu muita saudade daquele tempo e das conversas diárias que tinha com eles.
Após concluir sua segunda atividade do dia retornou para casa feliz, mas sentiu seu corpo um pouco cansado e o sono já começava a pesar em seu corpo, principalmente em seus olhos e no raciocínio.
Esse pequeno intervalo da segunda para a terceira atividade do dia começou a causar ansiedade, pois a terceira atividade era algo novo, desconhecido e não sabia como lidar com isso. Pensava em cancelar seu último compromisso porem lembrava dos motivos que a levava até lá. 
Seu coração acelerava mais ainda a cada minuto que se aproximava do horário marcado. Passavam milhões de coisas em sua cabeça a respeito do que dizer e do que não dizer, como seria o diálogo e se realmente deveria dizer aquilo que viesse em sua mente e em seu coração, qual seria a melhor forma de expressar-se e o que pensariam dela depois disso.
 
Até que chegou o tão esperado e sufocante horário do último compromisso.
Chegou ao local com o coração querendo sair pela boca, ela suava horrores (coisa normal de quando se sentia muito nervosa e sem jeito), sentou-se em uma das cadeiras de espera informando a recepcionista seu nome e com quem havia agendado a consulta e cumprimentou educadamente as pessoas que estavam ao redor. Outra mania que ela tinha para disfarçar seu nervosismo.
Após uns 5 minutos de espera, que para ela pareciam horas, foi atendida e convida para ir em uma sala que pudessem ficar mais a vontade para conversar.
Era uma sala grande com um sofá grande muito confortável e tinham mais 2 poltronas que pareciam ser confortáveis. A pessoa que lhe atendeu pediu para que ela se sentasse onde fosse se sentir mais confortável. A menina/mulher olhou para os assentos da sala e pensou "Se eu puder voltar para casa e me sentar no meu sofá acho que seria muito mais confortável. rsrs" mas ela não podia mais recuar naquele momento e, então, resolveu se sentar no sofá grande.
A moça, que atendeu a menina/mulher, começou o diálogo se apresentando e explicando um pouco sobre seu trabalho. Logo em seguida passou a palavra para ela, a menina/mulher, se apresentar e dizer os motivos que a levaram até lá.
A menina/mulher olhou ao redor da sala novamente a procura de algum vaso para que pudesse enfiar sua cabeça, de tanto nervoso, medo e vergonha que estava sentido. Como no local não havia vaso, talvez por que já haviam pressentido que ela poderia fazer isso, ela começou a dizer sobre quem era (ou achava ser), sobre sua vida profissional e, principalmente, sobre sua família e como era a relação dela com eles. 
O assunto entre elas ficou mais focado na parte familiar. 
A menina/mulher quando se sentiu mais confortável começou a tagarelar sem parar e as vezes até se perdia no meio de tantos detalhes que citava achando que seriam úteis durante a análise. Quando ela perdia o foco do que estava dizendo diante de tantos detalhes se calava e passava a bola para sua psicóloga. E por incrível que pareça, esses pequenos intervalos que surgiam para a psicóloga faziam a menina/mulher pensar por horas e em trilhões de coisas ao mesmo.
 
Por fim, a consulta terminou.
Naquele lugar, a menina/mulher, sentiu como se estivesse em seu mundo paralelo. O mundo do qual ela havia criado para se sentir confortável, compreendida e acolhida.
Ela havia saído de lá muito incomodada e ao mesmo tempo aliviada. Era um incômodo positivo por que trazia a tona a explicação de tudo o que sentia e o que poderia ser feito para mudar. 
Na volta para casa, dentro do ônibus, ela chorava feito um bebê. Era um choro de alegria misturado com alivio, confusão e frustação. Sentia que esse mundo paralelo que agora foi encontrado em seu mundo real iria lhe ajudar muito para mudar seus pensamentos, seus incômodos e suas atitudes. Encontrou ali esperanças, sentiu que não era a hora dela desistir de si mesmo e continuar seguindo atrás daquilo que desejava.

Ao chegar em casa, a menina/mulher, deitou-se em sua cama. Sentia-se mais aliviada. Deixou mais algumas lagrimas escorrerem antes de partir para uma longa noite de sono.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O que é ser adulto afinal?

Como é difícil crescer.

Mas afinal o que é realmente crescer? O que é se tornar um adulto? O que define se uma pessoa se tornou adulto ou não? Quais são os pré-requisitos de uma pessoa adulta? Idade? Atitudes? Responsabilidades? Um estado emocional forte? Receber de alguém um rótulo escrito “Adulto”?

Me recordo que a mais ou menos uns 2 anos atrás conversei com uma amiga a respeito disso.

Me lembro desse dia como se fosse ontem. Era mais um daqueles dias que acordei sem vontade de fazer absolutamente NADA. 

Sim, eu estava em mais uma das minhas crises existenciais e dessa vez resolvi expor isso a uma amiga. Me recordo de ter falado a ela o seguinte: “- Por que não consigo crescer? Por que tenho tanto medo de crescer? Uma ex namorada sempre me dizia que o meu problema era o medo de crescer. Por que ao meu ver os adultos parecem tão fortes fisicamente e emocionalmente? Tão decididos, tão seguros de si, tão cheio das razões?E por que não consigo me sentir assim? Eu nunca vou crescer na vida? O que devo fazer? Me ajuda."

Por incrível que pareça ela, minha amiga, foi muito compreensível comigo e isto nos rendeu uma longa e ótima conversa. Até ouso dizer que depois desse dia nos tornamos mais próximas. E conforme eu expunha minhas confusões ela me dizia que era super normal e que até se identificava por que também já havia passado pelo mesmo questionamento. 

Desde então venho me perguntando a respeito disso. O que torna uma pessoa adulta aos olhos de outros ‘adultos’? Porque naquela época eu não me considerava adulta?

Ser adulto é morar sozinho? Ter responsabilidades? Saber qual carreira seguir na vida? Ou simplesmente, se conhecer?

Observo muito as pessoas que considero “adultas” mas não encontro nelas nenhuma característica que eu possa dizer: “Nossa... Isso é típico de um adulto. Como ele (a) é adulto. ” Kkk’ E, também, já vi muitas pessoas se dizendo adulto e que ao meu ver se parecem mais com uma criança de 10 anos.

Resolvi fazer algumas buscas pela internet e as respostas que encontrei não me convenceram.

Definição de adulto, segundo pesquisas no Google: - quem alcançou a maioridade.

Tá. Beleza. Tenho mais de 18 anos e ainda não me sinto adulto. E aí?

 Li em uma outra pesquisa que a questão de ser adulto esta ligada mais a uma cultura social criada antigamente da qual  nem eles sabiam exatamente definir quando se é adulto ou não. Tanto que o que diferenciava uma menina de uma mulher era o inicio de seu ciclo menstrual. E os homens, quando atingiam maioridade.

Ou seja, chego a conclusão de que  esse lance de "Ser adulto" não tem nenhuma definição certa e que essa insatisfação que sentimos de achar que não somos adultos sempre irá permanecer. E que cabe a nós fazermos as mudanças que achamos necessárias, mas em busca da satisfação do próprio ser e não ligados ao pensamento de que "preciso crescer e me tornar um adulto".  

Até porque passamos por várias fases e mudanças na vida. 

Talvez esse questionamento de "Como ser adulto? O que preciso fazer?" esteja mais ligado a um medo de mudança do que achar realmente uma definição para adulto.

E no final, ninguém é adulto ou se torna um. Todos somos seres humanos cm vivências e pensamentos diferentes. E desde que estejamos satisfeitos conosco  é o que importa.

sábado, 2 de julho de 2016

Apatia diária

É engraçado pegar o metrô ou ônibus e reparar nos olhares das pessoas. Alguns com olhares neutro, outros com olhares tristes e outros com olhares cansados, abatidos e solitários.
Eu, não conformada, procuro por ali algum olhar feliz, algum olhar sorridente ou algum olhar esperançoso, mas a busca é concluída sem sucesso.

Me pergunto "Qual seria a causa que traria o sorriso deles?  Qual seria a visão de mundo? Quais seriam as expectativas deles? O que tem por trás dessa apatia que os fazem deixar sua alegria em standby?"
Afinal, por que a maioria das pessoas ficam com suas alegrias em standby?

Nesse momento percebo que eu também participo dessa apatia e retomo as perguntas para mim.
Qual seria a causa que traria meu sorriso de volta? O que traria novamente o brilho no meu olhar?
Uma volta ao bairro? Um dia atoa no parque? Ou uma simples conversa com alguém querido acompanhado de um café?
Não consigo me responder.


Retorno meu olhar para as pessoas ao redor enquanto espero a chegada da minha estação para assim desembarcar e seguir mais um dia fazendo minhas atividades diárias com a minha alegria em standby.


Outro mundo

Havia um mundo onde poucos, ou ninguém, conhecia.
Era um mundo onde a menina/mulher ia quando não se sentia bem com sua realidade. Esse mundo que poucos, ou ninguém, conhecia era um mundo onde ela não revelava por completo e quem tinha a honra de conhece-lo sabia pouco a respeito.
Era um mundo solitário pois, só continha ela. Mas era um mundo cheio de possibilidades, tranquilidade, compreensão e motivador.
Antes de completar seus 23 anos, seu mundo era pouco visitado. Ela não sentia tanta necessidade de visita-lo porque não havia tanta necessidade de refúgio do seu mundo atual. Mas de alguns tempos pra cá esse mundo tornou-se quase que sua morada permanente onde suas visitas tornaram-se constantes.

Sentia ela uma necessidade de passar dias, semanas e até meses no local.
Temporada essa que lhe afastava completamente do seu ciclo de amigos e familiares. 
Somente lá ela se sentia bem, livre de julgamentos e preocupações com quem era ou deixava de ser. Lá ela não precisava provar quem era, apenas seguia seu coração. Coração esse que sempre foi compreensível, leve, justo e puro. Lá ela ria de seus defeitos, de suas manhas e de suas piadas sem noção.
Gostava de se deitar na grama para passar horas conversando consigo sobre assuntos que no mundo real são ‘inconversáveis’.

E como ela sabia que tudo em excesso era ruim, então retornava de seu mundo paralelo para o seu mundo real.
Retorno esse não muito agradável pois, não conseguia socializar com as pessoas. Sentia ela um medo incontrolável de conversar, de se expor e expor o que pensava. Também se sentia sempre desatualizada e despreparada para qualquer assunto, o que fazia ela não opinar a respeito de nada.
Como uma coisa sempre leva a outra ela foi perdendo o gosto de sair com seus amigos, de ir as festas e de conversar com seus familiares. Sendo que ela sempre amava sair e fazer novas amizades e histórias.
Queria ela muito mudar tudo isso. Procurava um meio de contornar toda essa situação que ela julgava constrangedora, mas, todas suas tentativas eram sem sucesso. Sempre havia algo que no fundo não lhe fazia bem e confortável diante dos outros. Era um desconforto enorme que não reconhecia o motivo do tal.
Pensou inúmeras vezes procurar ajuda de um profissional mas desistia logo em seguida pois, dizia pra si que não havia necessidade, que isso só mostraria que estava levantando uma bandeira de fracassada e incapaz de suportar suas dores.
E com isso, partia ela novamente para o seu mundo paralelo para ser feliz.


domingo, 19 de junho de 2016

Em busca de uma compreensão

Uma moça jovem com aparência  de 17 anos mas, em seu RG a idade entregue é de 23.
Menina/mulher cheia de sonhos, confusões, perturbações e incertezas dentro de si mas, para os outros ela transparecia muita determinação, coragem, graça e otimismo.
Ela adora desabafar com desconhecidos. Talvez porque não tem medo de deixar a verdade nua e crua sobre si, sobre o que há dentro de si. Sabia ela que aquele desconhecido não havia com o que se decepcionar, pois afinal, não a conhecia direito e então não conhecia as coisas boas dela.
Garota sonhadora que busca em seus amigos de longas caminhadas uma compreensão de suas angustias e um socorro para sua melhora. Busca essa em vão. 
Muitos tentam animar, lhe aconselhar, alguns dizem que é bobagem e/ou frescura, alguns ate ignoram seu estado triste talvez por falta de tempo ou por apenas acharem bobagem ou uma fase ruim que não merece atenção.
A cada tentativa sua em busca de um socorro sem sucesso seu coração se parte mais um pouco. Sua angustia aumenta e domina seu pensamento por inteiro. Ela continua achando (e tendo mais certeza) de que aquele mundo não é seu lugar, que ela não pertence aquela sociedade e as vezes tem vontade de partir.. Partir?? Mas pra onde?? Pois é.
Essa menina acredita em anjo da guarda e sempre teve a prova de que seu anjo foi o único que não a abandonou. Antes de dormir ela sempre o agradece por sua proteção mas, também sempre pergunta o porque de tanta proteção assim. 
Sente ela uma necessidade de mudança. Uma mudança de habito, de rotina, de amigos e de seus pensamentos só que todos os dias ao levantar depois do meio dia ela toma seu cafe e fuma seu cigarro enquanto olha a vida pela janela. Depois disso, se senta na mesa para ligar seu notebook e passar o resto daquele dia naufragando na internet.
Alguns diziam: "Menina/mulher abra seu olho, tome animo e tenha coragem de fazer essa mudança." Vontade ela até tinha de mudar só que havia algo, que no fundo, a prendia a permanecer naquela rotina.  
Tadinha, queria ela encontrar alguém que realmente lhe compreendesse e a deixasse a vontade para dizer o que  sentia sem medo de ser julgada posteriormente.
Como isso não era possível ela então guardava suas inseguranças e seguia mais um dia a espera do seu sono.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

O valor de uma (des)amizade.

O que doí mais, o termino de um namoro ou o termino de uma amizade?
Mas que pergunta, não é?! Claro que é da amizade.

Pois bem, e quando o namoro foi gerado a partir de uma amizade de anos e depois termina? Soma-se a dor dos dois ou se considera o termino do mais doloroso?
Não é possível medir o tamanho da dor sentida, só quem sente sabe realmente o quanto doí, o quanto isso ocupa a mente e o quanto fica desnorteado.

Alguns ousam em dizer "-Ahhh... mas é possível se fazer novos amigos e novas historias." mas ouso a dizer que não importa quantos amigos você tenha, o quanto eles te façam rir, o quanto eles lhe aconselham e te apoiam nos momentos difíceis.Nenhuma, mas nenhuma mesmo, amizade substitui a outra. Cada pessoa, cada amizade, cada afinidade é unica. Pode-se rodar o mundo inteiro, conhecendo um por um e cada um terá sua característica diferente, a importância diferente, o carinho e consideração diferentes. Não desmerecendo ninguém, mas o fato é que cada um é ÚNICO e INSUBSTITUÍVEL.

A perda de uma amizade é a perda de uma coisa ÚNICA, é a quebra de uma lealdade construída com os anos. E construída na intenção de sempre querer o bem do próximo e de estar próximo.

O termino de namoro não doí tanto pelo fato que todo namoro que se começa, no fundo, sabe-se que um dia as coisas poderão tomar outro norte e a pessoa amada não estar mais contigo, mas o termino de uma amizade JAMAIS se pensa na possibilidade de rompimento e aquele 'truta' não percorrerá mais as batalhas com você.

E como perder um soldado nessa guerra de sobrevivência no meio da selva de concreto.

Enfim, eu poderia dizer bem mais a respeito, mas não consigo juntar as idéias.

#desabafo #umSoldadoAMenos